terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A Long December...


"A long december and there's reason to believe, maybe this year will be better than the last..." 


2013... fim... foi bom? Ruim?

O ano que passou foi um ano de provações, desafios e aprendizado.  Foi um ano onde voltei à realidade, mesmo ainda estando em período sabático.  

Começou com um problema de saúde, misturado com perdas financeiras no mercado futuro.  A moral caiu, e com ela o espírito.  Lá por abril/maio consegui um "freela" de consultoria, e por 3 meses e pouco me dediquei a um projeto novo.  Cobri as perdas, ou ao menos parte delas, e peguei o gosto pela vida corporativa novamente. 

Em julho eu já estava bem animado, com um projeto novo (pessoal) de real estate na cabeça.  No dia seguinte ao qual tomei a decisão de investir, em um assalto bizarro, quase perdi meu irmão, um amigo e a minha própria vida.  Desisti de tudo e resolvi ir embora do Brazil, país do nunca chega.

Tive finalmente a confirmação de estar novamente saudável, só para tomar outro baque logo depois.  Um grande sentimento de perda atingiu a família, mas superamos.  

No 2o semestre voltei, ou melhor, resolvi voltar ao mercado financeiro.  Passei, e continuo passando, por algumas baterias de entrevistas em diversas instituições, mas o mercado continua fraco.  Também no 2o semestre, minha operação no mercado futuro virou para cima e passei a ganhar dinheiro.  Me juntei a outros dois traders e juntos alugamos uma sala para melhor dividir as ideias e discussões de mercado.  Dinheiro bem investido, já que só de experiência ali tem muito mais de 30 anos de mercado.

Em 2013 também viajei muito.... Turks & Caicos, Belize (as duas para mergulhar), Estados Unidos duas vezes.  O dinheiro mais bem gasto no mundo, aprendi finalmente, é em experiências.

Meu jogo de golfe progrediu.  Minha psicologia também, e me dei alta da terapia por um tempo.  Este foi outro dinheiro muito bem gasto. 

Errei no meu assessment de mercado.  Achei que o IBOV iria subir, o dólar ficar estável e o S&P500 cair.  Foi tudo ao contrário, mas isso é normal.  O grande erro mesmo foi ter demorado tanto para virar a mão.  Mudei meu jeito de operar, saí um pouco do trend following e passei ao day trade de dólar futuro.  Fiz dinheiro.  Aprendi a operar maior.  Evitei, porém, a alavancagem.  Esse tempo ainda ira chegar.

Depois de muito pensar, resolvi que o projeto de RE vai sair.  Vai ser divertido, trabalhoso e custar caro.  Mas vamos em frente.

Vez ou outra tirei a guitarra do armário.  Vendi o equipamento de foto-sub. Troquei de carro.  Remoí velhos estigmas e frustrações.  Me apavorei.  Me diverti.  Briguei e fiz as pazes.  Cozinhei, e depois abandonei a cozinha.  Ainda não fiz um hole in one, mas fiz um eagle no 17 do Guarapiranga.

Muita coisa aconteceu em 2013.  Não foi o melhor dos anos, mas está longe de ser o pior.  O ano termina melhor do que começou, eu estou vivo e feliz.  

2014? Bora lá...

The Turtle

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A time to fight, a time to run...


Algumas vezes, na vida, temos que deixar as coisas passarem para não ter um problema maior.  Temos que nos desapegar de pessoas, de familiares, de sociedades, empregos, casamento... seja o que for, após ter feito o possível para salvar o que se quer salvo, temos que assumir que a energia para tal empreitada está sendo mal utilizada.

Eu já passei por isso algumas vezes.  Nunca me arrependi.  Quando deixei o afeto infantil para trás, não sabia que um dia voltaria a tê-la, muito mais próxima e permanente.  Quando deixei um emprego no banco americano, para me juntar a um novo projeto, foi difícil deixar a segurança mas foi recompensador.  E quando deixei o projeto, onde era sócio, para ir para casa cuidar de mim, custei a entender (mas pelo menos aprendi de vez) que não se pode salvar o que não deve ser salvo.

Desta vez, o problema é uma amizade que surgiu a tempos atras mas se depreciou.  As boas conversas viraram discussões intermináveis.  Não há mais momentos bons, apenas disputa.  Eu, obviamente, tenho culpa no cartório.  Nunca seria estúpido o suficiente para me achar 100% certo.  Mas sei que, da maneira como a situação está sendo abordada, só vai piorar.

Espero que o afastamento de agora gere frutos no futuro.  Temos que estar prontos para o que vier, mas pelo menos podemos esperar pelo melhor resultado.

The Turtle

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Novembro pagou! E outros comentários esporádicos...

 - Mais um mês de bons resultados, trazendo meu 2o semestre para quase 8% de ganhos.  Pena que, no ano, ainda estou 12% negativos, mas isso faz parte do jogo.

 - O mercado de trabalho está soft, muitas entrevistas mas poucas chances de finalização.  Estou vendo muita gente desistindo do bonus e indo tirar sabático.  Minha antiga empresa é, provavelmente, a maior fábrica de sabatiqueiros de São Paulo, mas não só de lá saem os novos bons vivants.

 - A maioria das tesourarias está perdendo dinheiro.  Isso não faz minhas perdas menos dolorosas, mas pelo menos eu não estou no buraco sozinho.  Weird feeling, pois não me parece certo.

 - O Brasil está chegando, aparentemente, num ponto de ruptura:  não há crescimento, há um escandalo atrás do outro, governo tentando confiscar obras de arte, bens offshore, aumentando impostos e ferrando o pequeno empresário.  O dolar disparando, a bolsa nao passa da casa dos 50.000 pontos, o superavit é maquiado, a Petrobras está em estado lastimável, ninguém quer os projetos de infraestrutura, e a copa vem aí e não estamos nem perto de estarmos em condições de receber o mundo.  O morro está descendo e assaltando na cara dura.  E o exército vai mandar 1500 soldados para cada sede dos jogos para, aparentemente, controlar os manifestantes!  Isso me parece errado, afinal eles deveriam estar mesmo é passando chumbo nos criminosos.


 - O PT está doido para derrubar o PSDB e o resto da oposição.  Inventam dossiês (já vimos isso na época dos aloprados), faz populismo, luta contra a maior corte jurídica do Brazil. O Lula está em campanha e falou em um almoço com banqueiros (isso vem da boca pequena) que se o país for rebaixado ou se a Dona Dilma cair abaixo dos 35% ele volta automaticamente como candidato.  Será?

 - Eu vou torcer contra o Brazil na copa.  Sinceramente, quero que percam na 1a fase.  Não me pergunte porquê, eu não lhe devo explicações.

Vai dolar!!

The Turtle

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Humor galáctico, mas perigoso...


Esquecer é o melhor remédio!

Dia de Payroll, dia de volatilidade, dia daqueles mais interessantes.  Estava eu posicionado long em dolar futuro, e veio o número.  BOMBA pra cima!

Candle de macho no dolar futuro - viva o Ben Bernake Kenobi

O candle foi lindo.  Um dos mais belos que já vi.  O P&L foi de zero e muito em 10 minutos, e isso porque eu ainda fui conservador.

E eis que, durante a tarde, querendo mais e depois de uma consolidação relativamente grande, eu entreguei quase 70% dos ganhos.  Só não entreguei mais pois stopei e fui embora.

Mas e aí? O que aprendi?

Primeiro, esse é um trabalho interessantíssimo mas, no jargão popular, um trabalho de corno!  Mesmo tendo ganho dinheiro bom no dia, fui embora com aquele sentimento de ter encontrado o Alexandre Frota pelado na frente.

Segundo, que quando acertamos grandes precisamos respirar.  É como no golfe:  após uma bela tacada vem sempre uma imensa cagada.

Terceiro, NÃO ALONGUE SEUS STOPS!

E, mais importante de tudo, depois de se remoer, chutar latas pela rua (We Will Rock You!) e se sentir um bosta, esqueça.  No sábado, eu já estava bem e passando raiva por outra coisa (o golfe, meu nêmesis).

The Turtle

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Change


Hoje aprendi mais uma coisa.... aprendi um novo modo de olhar para dentro.  Em uma entrevista que tive, em uma empresa que já trabalhei, foi-me dito claramente pelo interlocutor que o maior receio de me levar de volta é que eu ainda seja a mesma pessoa que saiu estressada e frita 5 anos antes.

Interessante...

7 anos de empresa, muita coisa feita, nunca sem entregar um deliverable ou perder um deadline.  Mas nem sempre da maneira correta, nem sempre usando as vias mais suaves.  Muita truculência.  E é exatamente essa a marca que fica, pois o trabalho todos fazem (ou são demitidos), mas a maneira de fazer é que deixa uma marca positiva ou negativa.

O primeiro impacto da percepção é estranho, mas rapidamente, estando com a cabeça clara, vem como racioncínio que é exatamente correto o modo de pensar das pessoas.  O que falta é perceber, internamente, que realmente o período de start up e o período de sabático serviram justamente para mostrar que o envolvimento com intrigas, políticagem interna e a tentativa de controlar coisas que não necessariamente estão sob nosso controle somente drena energias boas que poderiam ser usadas para outras coisas.

E mais, que encarar a dissolução dessa imagem, através de esforço e agindo da maneira correta, é mais eficiente do que prometer ou dizer que se mudou.

A mudança pode ser interna, mas a percepção da mudança é o espelho das novas atitudes.

Keep Calm and Carry The Piano Upstairs

The Turtle

Flip the Switch

Nada como 2 ou 3 dias com P&L bom para reativar os ânimos e bombar a confiança!  Tks Mantega!


The Turtle

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Depressão

"A maior expressão da angustia, pode ser a depressão, algo que você pressente" (Lobão)



Triste.

Já a algum tempo. 2013 foi um ano difícil. Comecou com esperança, mas degringolou. Descobri um problema de saude, o primeiro serio... Fui operado pela primeira vez. Perdi dinheiro pela primeira vez, dinheiro grande. Minhas viagens não me davam prazer. Fui assaltado, e quase matei meu irmão no processo. Gastei mais dinheiro para blindar o carro. Decididamente entendi que minha relação com um ente próximo nunca será profunda como eu gostaria. Decidi voltar ao mercado e não acho emprego.

Nada funciona. Nem o carro blindado.

Mentira, o casamento, minha âncora sã em um mundo insano, funciona. Muito. Estou vivo por conta disso, provavelmente.

Hoje foi pesado.  Ganhei dinheiro, mas a sessão de terapia foi pesada.  Aprendi o que dói aprender.  Voltava pela Faria Lima a pé, e decidi ouvir musica. Fazia tempo que não usava a musica como combustível, e anestésico, da depressão. E eu hava esquecido como "AUGUST..." é bom.

A beleza mórbida da depressão me atrai, eu gosto dela.  A música flui melhor.  A vontade de andar no meio dos carros, o medo de ser enquadrado pelo guarda vira desejo de confusão, de acabar tudo ali mesmo, de ser herói e vítima ao mesmo tempo.

BANG! Fim.

Eu já estive assim.  Eu já FUI assim.  Eu, na verdade, sou assim.  Eu aprendi com isso.  A vida passa por cima da gente, a gente atropela ela de volta.  Dos 4 aos 17, dos 18 aos 21... a Depressão estava lá, trilha sonora e tudo.

O desejo do fim só pode ser sobreposto pela beleza e diversão da qual faz parte o processo destrutivo.

Vinho. "SATELLITES...".  Um iPad na sacada. E, graças a Deus, eu tenho medo de altura!

Have you seen me lately?

The Turtle

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Operando o SP Futuro na BM&F

Sim, o custo da BM&F é um roubo.

Sim, o bid/offer é um lixo.

Sim, a liquidez é baixa em certos momentos.

Mesmo assim, dá para ganhar dinheiro nesse contrato.  Operar lá fora é mais fácil, pois o ES opera 24h por dia e você não toma gap na cabeça.  Aqui dentro temos que ter muitos cuidados, e entrar só nos setups mais prováveis de se ter sucesso.

Estamos em uma encruzilhada:  se reamente batermos no dia 17/outubro sem um acordo no governo americano, a coisa pode ficar feia.

Até lá, só trades curtos.

The Turtle

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pergunta:

Quantas apresentações de Investment Banking vão ter que ser atualizadas depois disso aqui???  Eu me lembro, num passado recente, de pelo menos umas 8 que traziam a capa original em um slide bonitão para impressionar o cliente gringo...

Pobres Year 1 Analysts, vão ter que varar a noite de novo.


The Turtle

Medo e Vontade



Eu me lembro da decisão de sair.  Eu me lembro das dores físicas, da revolta moral, das pessoas com as quais trabalhava e não gostava, e também das que gostava e me davam pelo menos um alívio.  Eu me lembro da políticagem, do Alfa Banker e da Miss Coluna Social metendo os pés pelas mãos tanto com pessoas como com o negócio em si.  Eu me lembro da megalomania.  Eu me lembro de falhar, da ansiedade, das noites sem dormir.  Mas o que eu mais lembro foi o medo de sair sem saber se estava fazendo a coisa certa.  Medo da sensação de "estar jogando a vida fora", como muitos diziam.  Medo de deixar para trás o fato de eu "estar ficando rico às custas do gênio Alfa".  Mas o medo não venceu.  Eu saí.  Eu saí sem saber se era a coisa certa, mas com a sensação de estar fazendo o melhor para mim.

Deu certo.  2 anos, viagens, descanso, trading, outras experiências profissionais e pessoais.  Ví o mundo de um jeito diferente.

Agora, o desejo é outro:  é voltar.  É usar tudo o que eu aprendi para ser melhor no que eu fazia.  Mas, de novo, o medo está presente.  Medo de estar enferrujado, de ter que ganhar confiança de novos colegas, clientes, subordinados, equipes.  Medo do conhecimento técnico não estar lá.  Medo de falhar.

"Paura", in italiano!

Medo é bom.  Medo salva a vida. Se eu tivesse respeitado o medo, não teria feito a curva na favela que quase matou 3 pessoas.  Mas medo não controla, medo é controlado.

Novamente, o gut feeling vai ser minha bússola.

De volta ao trabalho!

The Turtle

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aprendendo por Osmose

Recentemente, enquanto procuro uma outra posição em mercado financeiro, fui convidado por dois amigos traders a dividir uma sala alugada e trocar ideias durante o dia.  As vantagens:  os caras são feras e eu aprendo bastante, tenho um certo contato com pessoas (eu já não aguentava mais ficar em casa) e aprendo muito.  Tanto psicologicamente quanto na prática.

A sala não é lá essas coisas, e a desvantagem é o custo... mas depois de pensar (e foi uma rápida decisão) eu percebi que qualquer curso meia boca iria me custar mais do que isso.

Vivendo e aprendendo... e falando em aprender, comecei a ler o livro THE PLAYBOOK - An Inside Look on How to Think Like a Professional Trader.  O livro é uma aula de profissão, e o autor, Mike Bellafiore, não se roga a dividir somente sucessos, mas sim seus fracassos e como aprendeu com eles.

Tem no Kindle.  Aproveite.

The Turtle

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os três patetas...

No começo, eram 3.  Então, veio o 4o, mas aparentemente ele não era pateta... era o Braddock Super Comando.

E então Braddock matou o 3o pateta.  Agora são 2 patetas e um Braddock.


The Turtle

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

S&P 500 e Dow Jones indicando correção?

Um dos melhores blogs de Elliot Wave Analysis que já encontrei é o Daneric´s Elliot Waves.  Tenho seguido o sujeito, e confesso que operar o ISP na BM&F tem sido difícil.  Mas, aparentemente, após essa alta toda, começamos com uma correção mais firme.  Medo do FED, Europa, guerras... não sei o que vai ser o estopim, se é que já não foi.  Mas após níveis recordes e uma alta de 7 meses seguidos, uma bela onda de impulso para baixo se formou.  Ou melhor, está se finalizando.


Resta saber se o movimento é este mesmo.  Não tentar adivinhar, e sim deixar os preços mostrarem o caminho.

The Turtle

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

The trend is your friend, until it bends...

Ontem tive meu pior resultado em muito tempo.  A bolsa e o dolar, aparentemente, estão corrigindo as (respectivas) baixas e altas, e eu estava na frente do trem, com posição razoavelmente grande.

Mas respeitando stops e risco, a perda não foi maior do que o que eu planejei.  Pelo menos isso.

Segue a contagem da correção do Dolar Futuro.  Vamos ver se ele chega no objetivo C????:


Keep yourself alive!

The Turtle

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Julho - O melhor mês do ano até agora...



Finalmente, temos um mês positivo.  Após perdas sucessivas em ações, commodities, moeda e índices de bolsa, e amargar um drawdown de quase 20%, julho agraciou-nos com um P&L positivo.  Operações no dolar, no S&P 500, alguma coisa no índice futuro IBOV e um bom trade de bonds, já discutido no post anterior, alavancaram o resultado e o tiraram das mínimas.

Fechei Junho com um acumulado de -19%.  Julho me trouxe de volta a -13,6%.  Vamos em frente, muito trabalho a ser feito, mas Ben Bernanke (Mighty B) está imprimindo mais dinheiro e não adianta brigar com o homem!

The Turtle

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Vamos voltar a falar de mercado

Assalto, viagem, busca por um veículo-rambo à prova de balas...  muita coisa acontecendo, mas não posso esquecer dos números, dos gráficos e do mercado financeiro em geral.

Nos últimos tempos tenho operado muito o Dolar Futuro.  Havia reclamado muito, no passado, sobre a manipulação do Guido Mantega e do BACEN na taxa de câmbio, que detonavam meus swing trades.  Porem, parece que peguei um certo jeito para operar no curtíssimo prazo.  O trade é basicamente:  espere o BACEN entrar e anunciar leilão, espere a taxa cair entre 15 a 25 pontos, compre e espere estilingar de volta.  Tem funcionado todo santo dia!!


Mudança de foco: reduzi, e muito, minhas operações com commodities.  Não está valendo a pena, custa caro e leva tempo demais.

Tesouro Direto:  para a maioria dos home traders, é muito difícil conseguir operar o DI futuro.  Os custos são altos e os contratos, negociados em blocos de 5, tem um notional mínimo de quase 500 mil reais.  Então me resta, quando quiser vender a taxa, comprar NTN-F.  Eu estava comprado em uma posição grande, e na terça feira a taxa havia caido.  Logo, ganhei uns trocos.  Na quarta feira, porém, a taxa disparou, e o prejuízo ia ser grande.  Entrei no Tesouro Direto para fazer uma consulta e percebi que, como era dia de recompra, o preço de recompra era o do dia anterior.  Isso mesmo.  Logo, vendi tudo evitando a perda.  É sempre bom ficar de olho para este tipo de oportunidades.

*****Keep Trading*****

The Turtle

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apocalypse Now

Penso todo dia em uma solução.  Tento adivinhar o que pode ser feito.  Como executar.  Qual o caminho correto.

Nosso país tem raizes podres, a verdade é essa.  A raiz da vagabundagem, do comodismo, do "...é assim mesmo que funciona, não adianta lutar contra".

Nosso governo é incompetente e atrasado, um reflexo de nossa população.  Vamos esquecer a corrupção só por um momento, e ainda assim sobra o total despreparo de nossos governantes em pensar a longo prazo.  De educar.  De promover a segurança.  Blinde o carro, contrate seguranças.

Recentemente me veio o insight:  a solução vai tomar, em um cenário otimista, de 30 a 50 anos.  Educar, pacificar, expurgar os demônios.  A morte levar os que merecem, e outros melhores surgirem.

Mas... 30 a 50 anos é o meu intervalo de vida.  É o que me resta, e o que me resta é uma ausência de país.  É um trabalho mais do que herculano consertar essa terra.  Nem Deus, nem Papa, nem Lula....

Penso em um desastre.  Algo que choque.  Penso no fim como uma solução.  Uma doença, um meteoro, um apocalipse.

Brasil, você é um paciente terminal.  O morto ambulante.


The Turtle

terça-feira, 23 de julho de 2013

Agora é que eu quero ver...

Do blog da tia Sonia Racy:

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Cobertor curto?

23.julho.2013 | 1:04
A Prefeitura está preparando uma operação de guerra para acolher moradores de rua. A frente fria que começa hoje promete ser a pior em dez anos.
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Espero que a cidade consiga proteger nossos tantos moradores de rua.  É um problema social e não temos estrutura (pra variar, certo PT?) para acomodar todo mundo.
Por outro lado, eu espero que os 7 assaltantes e seus amiguinhos estejam congelando de frio, sentados na terra e comendo o resto do resto, sentindo o cheiro horrivel do esgoto. 
Enquanto isso, na "Maison de Tortue":


The Turtle

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Curvas...



Qual a decisão mais importante da vida de uma pessoa? E a sua, qual foi?

Para muitos, é quando decide-se qual profissão seguir.  Qual faculdade fazer.  Onde vai morar, senão em sua cidade natal.

Para outros, é o início de uma nova família.  Aquele relacionamento que ficou sério, e o grande passo de propor o casamento.  Ou talvez a decisão de ter filhos.

Será?

Talvez seja o início de um novo negócio.  Ou resolver mudar de profissão aos 35 anos, saindo de sabático, como eu fiz.

Talvez...

Mas talvez não.  Ontem, a decisão mais importante de minha vida foi uma curva à esquerda.  Uma curva aberta, um caminho que eu já havia feito outras vezes.  Muito cedo, num belo dia de sol, a caminho do golfe.  Certamente uma decisão que, se não mudou minha vida, poderia ter destruído grande parte dela, ou mesmo terminá-la.

Logo depois da curva, veio o assalto... 4 homens armados, descendo do morro.  Um em frente ao carro, uma pistola apontada para o parabrisas.  Um segurando o trânsito no caminho inverso.  Um em cada janela.

Tentativas de manter a calma, pavor, o cano do 38 na cara.  Vão-se os telefones, as carteiras, e quando olho para trás, meu irmão não está mais no carro.  Ouço um estampido, tenho certeza que é um tiro.  Meu irmão não está mais no meu campo de visão.  A vida muda em uma curva...

Graças a Deus, ouço a voz dele.  Ele está bem, não foi um tiro.  Foi a coronhada no carro, que é uma caixa acústica.  Alexandre, nosso amigo, finalmente consegue abrir a janela.  Levam-lhe o tênis e o relógio.

Deixam-nos ir.  Acabou o pesadelo.

200 metros à frente... 3 homens.  Garotos.  Modus Operandi não muda.  Pistola no parabrisas, revolvers nas janelas.  Mas já não temos mais o que entregar.  Estamos sem as roupas de cima, descalços.  Vamos morrer.  Pedem para abrir o porta-malas.  Vão-se as bolsas de golfe.  Mandam que sigamos em frente.

No final da avenida (mais 300 metros), há uma base da PM.  Paramos e pedimos socorro, os policiais olham para nosso grupo como se fôssemos idiotas.  Não como vítimas.  Não podemos usar o telefone.  Eles são 7, e seis saem em duas viaturas.  Olhamos em volta, estamos do lado do morro onde vivem os criminosos, relatando o que foi dito ao único policial que ficou.  Ele tem um revolver, 6 cartuchos.  Os bandidos tinham 7 armas.  Continuamos com medo.  5 minutos depois, voltam as viaturas e relatam tudo estar normal.  Pedimos uma escolta.  Não queremos fazer B.O., não queremos ficar ali mais nenhum segundo.  Saímos a toda.  Catatônicos.  Despidos de parte das roupas, de todo o direito, de toda a cidadania e de qualquer gosto de ser brasileiros que restava.  Este país está podre, e não é mais nossa casa. Aqui vivemos, presos, mas não mais nossa terra é nosso lar.

A noite, reencontro minha família.  Choro. Deixo o desespero sair.

Minha vida poderia ter acabado.  Morto, sem um irmão, ou sem um amigo.  Tenho todos, mas algo ficou naquele lugar.  A principal decisão da minha vida foi tomada em poucos segundos.  Os efeitos ainda não são claros.

Cada decisão conta.

The Turtle

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O ciclo do crédito no Brasil... e os motivos para tudo isso acabar mal, muito mal

Artigo publicado no site MoneYou  




Imagine o seguinte:  você arranja um emprego.  Você produz.  Você recebe seu salário. Você gasta seu salário com suas necessidades alimentícias, familiares, de saúde, educação, etc., e guarda um pedaço para comprar aquela TV de Plasma que vai ficar bacana na sala.  A Copa está aí, tem que ter TV grande.  Quando o dinheiro dá, você compra a TV. Paga à vista, pois não quer fazer divida.  Este é o brasileiro dos anos 80 e 90.

Agora imagine: você arranja um emprego.  Você produz.  Você recebe seu salário, e então é elegível (pois tem renda) a comprar a prazo no Magazine Bahia. Então você vê o que sobra após todos os seus gastos, e este valor é a soma das parcelas que você pode pagar mensalmente.  Então você vai lá no Magazine Bahia e compra uma TV de Plasma, um Home Theater e um sofá novo.  Afinal, o Galvão tem uma voz linda. Este é o brasileiro pós ano 2000.

Então... você tem emprego, você comprou a crédito, a produção aumentou, o seu vizinho arranjou emprego, comprou, contratou empregada, ela comprou, a fabrica produziu mais, o funcionário fez um financiamento de 60 meses num Celta 1.0 novinho... tudo está indo bem. Aquele imóvel lindo na planta você está pagando a perder de vista, vai usar o FGTS lá no fim e financiar o que faltar.  Mas como imóvel dobra de preço a cada 5 anos, ta sussa... vamos nessa que a hora é agora!  A CVC vende viagens em 12x sem juros para fazer compras em Miami, e mais um boletinho mensal não vai fazer tanta diferença.

Quem paga essa conta?  Obviamente, tem mais dinheiro no sistema do que o salário que todo mundo ganha.  O dinheiro vem de algum lugar, certo? E, mais importante ainda: o que acontece quando a música para?  Quando o dinheiro der uma "secada", o banco subir a taxa e o cartão de crédito estourar?  Veja bem, não estamos falando aqui só de bens duráveis... carros e automóveis são a garantia do empréstimo sim.  Mas estamos falando de financiar serviços e bens descartáveis, coisas que duram 5 ou 10 anos.  3 celulares por cabeça? É só entrar em qualquer linha de ônibus hoje e você vê !

Quando a música parar, o crédito secar e as vendas diminuírem, a fábrica para.  A construção para. O primeiro sinal serão as "férias coletivas", tentando ganhar tempo e limpar os estoques.  Depois, vem as demissões de ajuste.  Lembre que neste caso os juros já subiram, a inflação está caindo pois ninguém compra nada (demanda baixa) e o ciclo começa a azedar.

O segundo passo é um aumento da inadimplência.  Afinal, se você está sem grana pois foi demitido, o boleto do Magazine Luisa vai pro lixo e você compra arroz e feijão, certo?  Ainda bem que eles estarão mais baratos, pois o preço das commodities foi pro chão.  Só se compra o necessário.

Nesse ponto o governo sai correndo atrás do rabo... tentando estimular a economia, criando pacotes e bolsas, baixando tarifas pontualmente (pois ele gasta demais e se cortar de vez os impostos, o país quebra) e... humm... peraí... isso JÁ ESTÁ ACONTECENDO !!!

Entendeu ou quer que desenhe?

The Turtle

terça-feira, 25 de junho de 2013

Velhos? Sem energia? Sem relevância?

Este fim de semana fiz algo que não fazia havia muito tempo:  comprei um box com DVD/CDs.  Mas não qualquer box...  eu compre este aqui:



" Ahhh, você comprou MAIS UM do Led Zeppelin??? "

Para quem não sabe, e quem não sabe não merece mesmo saber, esta é a gravação do show de reunião dos  caras em 2007, no O2 Arena, em Londres.  Um amigo meu, morando no Reino Unido naquela época, sacou 5 mil libras (uns 18 mil reais!!!!) e foi na porta tentar comprar um ingresso dos 20 mil que foram sorteados.  Mandaram ele passear, obviamente.

O show é marcado não só pela vivacidade dos "velhinhos", mas também porque o baterista é o Jason Bonhan, filho do baterista original do Led Zeppelin, morto em 1980 após se afogar no próprio vômito.

O box tem um blue ray de qualidade incrível, e um duplo album para ouvir no carro a 180km/h.

Preço? Não que importe, mas custa R$ 92 reais na FNAC.

The Turtle


sábado, 22 de junho de 2013

A Brasil S.A pede socorro!

Artigo publicado no site MoneYou  



Nosso país é uma empresa.  

Toda empresa tem Clientes, e estes clientes são nossos compradores internacionais, os turistas e os que nos visitam a trabalho, comprando matéria prima e serviços.

Toda empresa tem Acionistas.  Na Brasil S.A., são quase 200 milhões.  Uns tem mais participação, outros tem menos, mas estamos todos no mesmo barco.

Toda empresa deve gerar Receita e Superavit, para se perpetuar e crescer.  As "unidades de negócio" da Brasil S.A. são as corporações, os pequenos, médios e grandes negócios que operam dentro do país.  A padaria é uma unidade de negócios, o salão de beleza é outro, e as grandes construtoras também. Estas unidades de negócio são o que mantém nosso país operando.

Agora, pense: se um contador olhar o balancete desta empresa, o que será que ele vai achar?

O país faz quase tudo para dificultar e exaurir cada unidade de negócios de seus lucros, na forma de impostos e taxas, burocracia e regulamentação tão complexa que beira o intolerável.

O país trata seus grandes clientes como inimigos imperialistas, enquanto os pequenos, que só dão prejuizo e dor de cabeça (Argentina, Cuba, Venezuela, Bolívia) são exaltados.  Seria como ter uma concessionária de veículos e vender apenas para quem tem crédito ruim e fala mal do produto!!!

Tomemos por exemplo a Petrobras... o país, ao invés de buscar eficiência e lucro, faz o possível para maquinar sua maior empresa, para que ela não gere resultados mas sim seja uma máquina de sugar os acionistas.  OLHE O GRÁFICO ACIMA !!  O país tem a maior reserva de petróleo do mundo, e ainda assim a "unidade de negócios" Petrobras da prejuízo, o produto é ruim, caro e escasso.

Chegou a hora de olhar a Brasil S.A. com uma visão diferente.  Uma visão de capital.  O capitalismo não é perfeito, mas ele é a experiência econômica mais eficiente que já existiu.  Lucro não é pecado! Lucro gera empregos, empregos geram consumo e poupança interna, e consumo gera mais produção e crescimento.

Assim como acontece na vida de toda empresa familiar mal administrada, a Brasil S.A. chegou a uma encruzilhada:  ou profissionalizamos a gestão, cortando gastos e aumentando a eficiência, ou vamos quebrar.  Mesmo com ativos em nosso balancete (óleo, água, florestas e fazendas).

Precisamos de um novo CEO, um novo Conselho de Administração, uma nova Área Jurídica.

Precisamos repensar nosso Modelo de Negócios.

The "revolted" Turtle

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mudemos hoje, Para existirmos sempre!



Demorou.  Houve um grande hiato de ideologia no país.  Desde a queda de Fernandinho Saco Roxo Collor de Melo, em 1992, as ruas do país não viram gente gritando.  Não para conseguir algo concreto e útil, mas apenas para o Carnaval, as copas e os arrastões.

Semana passada eu tinha uma opinião.  A de que a polícia devia descer a borracha nos baderneiros idiotas que não me deixavam chegar em casa.  Arnaldo Jabor também era meu representante.

Mas algo mudou.  Em uma semana veio a tona muito mais coisa.  O Facebook, quem diria, é a nova urna eletrônica.  É a nova praça dos 3 poderes, mas o poder é um só.  E, como eu já escrevi antes aqui neste espaço, a capacidade de perceber que se está errado é uma das grandes qualidades de um indivíduo.  Seja o Jabor, eu ou a dupla dinâmica (Alfa Banker e Socialete Primeira Dama).

0,20 centavos?  Não é só isso... é a Copa, que está queimando dinheiro.  É o discurso velho de que a "Petrobras é Nossa", e ao invés de privatizar, vira um cabidão de empregos e instrumento de financiamento do PT.  É a estrada que mata 50 mil por ano, é o aeroporto que ninguém aguenta mais, gente morrendo na porta do hospital, bandidos roubando e matando sem reação do estado.

Não é mais uma questão de ricos contra pobres.  Os iPhones filmam as passeatas, a banda larga de R$ 200 reais por mês coloca no ar.  Agora é o povo (demo, na raiz da palavra democracia) que decidiu que o governo não mais o representa.  Chega do cancêr de Luiz Inácio Lula da Silva, que com um discurso de ideologia maquinou o país para benefício próprio.  Chega de se aliar a Venezuela, Argentina e Bolívia.  Chega de fechar os olhos para o resto do mundo.

Eu não quero ônibus de graça, nem que o governo seja dono de todo o capital.  Eu quero que meu dinheiro seja usado no meu país.  Para algo perpétuo.

Que surja um novo Brasil, meu e seu.  E não do PT, ou de qualquer outro partido.

Mudemos.

The Turtle

terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma mudança à vista no Brasil ?



Nosso país está doente.  Tem um câncer, chamado GOVERNO.  Não me entenda mal, eu não sou contra governos por natureza.  O governo é uma das pedras fundamentais da estrutura democrática moderna, seja ela baseada no modelo europeu ou no modelo americano.

Porém, nosso governo não existe como um condutor do país.  Ele age mais no sentido de sugar os recursos do meio onde vive, como gafanhotos, destroçando as plantações por onde passam e deixando para trás miséria e desolação.

Nosso pais é rico.  Tem terras, água, óleo, mar, clima bom (se bem que poderia nevar por aqui, fazendo o povo ser mais trabalhador).  Temos minério.  Temos florestas (ainda).  Mas, o que não temos, é um plano de país, de longo prazo.  O povo brasileiro é o maior desastre natural do país.

E, em cima disso, os governos sugam, trabalham para manter poder, sem se preocupar com nossa sustentabilidade econômica, estabilidade, perpetuidade do país.

É com olhos estranhos que começo a ver os mais recentes eventos:  violência disparou (74% de mortes violentas a mais em SP este ano), protestos nas ruas contra o governo (e com muito quebra-quebra), saída de divisas e investidores, bolsa pra baixo.

Antes da tempestade vem a calma.  E, tomara, antes da melhorar, estamos passando pelo pior.  O país vai chegar perto de um ponto de inflexão, muita coisa vai mudar e, se Deus quiser, este governo saí da frente e voltaremos a avançar.

The Turtle

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cabeça vazia, volta ao trabalho, update de mercado...

Fase difícil... depois de voltar para casa, me sinto como se não estivesse mais progredindo.  No início, o sabático era um exercício de higiene mental.  Porém agora sinto que poderia estar fazendo mais.

Comecei a procurar alguma coisa para fazer... posição fixa ou outra consultoria.  Não sei ainda com isso irá se desenrolar, mas não tenho pressa.  Voltar para banco significa ficar fora do mercado financeiro (uma dicotomia estranha), e estou tentando evitar isso.

O mercado finalmente virou.  Mas a tendência de baixa não está 100% estabelecida, e isso pode gerar um backlash grande e causar prejuizos.  Trailling stops e olho nas ondas de Elliot, sob tutela do guru que me ajuda.

Tome suas vitaminas.  E beba sopa.


The Turtle

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mais um passo terminado...



Fechou-se mais um ciclo.  Nos últimos meses, foquei meus esforços muito mais no projeto de consultoria que fiz do que em trading.  Continuei olhando o mercado, comprei um monte de ações podres do Eike Baixista e entrei em um ou outro contratinho, mas nada que tenha dado muito resultado.

Agora surge a dúvida... voltar de vez para o mercado?  Tentar operar full time mais um tempo, mesmo sabendo que com capital reduzido as chances são baixas de se ter sucesso suficiente para pagar a vida? Entrar em um projeto novo, e tentar construir mais uma empresa, ou ser executivo novamente, nos bancões e empresas grandes, salário alto e emoção baixa?

Não sei... vamos ver o que aparece.  Vamos tocando, e deixar o mercado mostrar a "entrada certa" no próximo trade...

The Turtle

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Chacina Continua...


Eu fui chamado de louco, de burro, de covarde e de desistente.  Agora, vejo que stopei a operação na hora certa, como um verdadeiro Turtle, logo depois dela virar e iniciar uma tendência inversa.  Ficou desconfortável, pulei fora! Foi difícil, foi contra a opinião geral, mas foi em respeito à mim que o fiz.

Não estou falando do ICF, nem do BGI, nem do DOLFUT, nem do S&P 500... Estou falando da minha antiga ocupação.

Agora, a poeira baixou e estamos vendo o que acontece quando o EGO toma conta e entra no lugar do racional.  O que acontece quando o passo é maior que a perna:  Foco em redução de custos, projetos sendo congelados ou mesmo cancelados e TUDO o que poderia gerar receitas sofrendo pela falta de apetite de risco e falta de vontade de ser empresário ao invés de executivo, de um grupo de pessoas que tinha muita estrela para pouco céu.

Fico triste de ver pessoas que eu gosto e admiro vendo seus sonhos e projetos irem por água abaixo, mas tenho certeza que entenderão que isso é melhor para elas no longo prazo.  Ou mesmo no curto.

The Turtle

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Quando algo bom se estraga...



Este fim de semana fiz só o que gosto:  joguei golfe sábado e joguei golfe domingo!  Logo, você pensa, foi tudo ótimo, certo?  Um fim de semana perfeito !!

NÃO, longe disso...

Por razões diversas (atrasos absurdos, pessoas que não tem respeito dentro ou fora do campo, falta de consideração, campos lotados, etc...), não foi um bom fim de semana.  Custou caro, demorou e não me diverti.

E me coloquei a pensar sobre trading de novo.  Eu ando bem desanimado, fugindo do setup, operando valores irrisórios e mais lendo do que olhando os gráficos.  Pelo jeito, algo que eu gosto está se perdendo nas características ruins da atividade.

Como reverter isso?  Não sei.  Continuo lendo, continuo estudando, continuo falando com as pessoas mas, pior, continuo com P&L negativo para o ano.  As perdas diminuíram bem, mas não comecei a ganhar ainda.

Espero que, assim como no esporte, um dia bom, uma semana boa, uma batida boa me faça voltar à zona de conforto que me traz confiança.  É sem dúvida um desafio, e um que não é agradável no momento.

The Turtle

quarta-feira, 15 de maio de 2013

OGX – Short Squeeze ou Poço sem Fundo ??



Ela já chegou a valer mais de R$ 23.  Seu IPO, em 2008, foi o maior da bolsa brasileira.  Seu CEO, a síntese do empresário brasileiro fiel e combatente, que superava todas as expectativas e dificuldades de se montar um projeto imenso a partir do nada, com financiamento baseado na confiança dos investidores.

Leia sobre o IPO da OGX

Porém, algo aconteceu… o petróleo não fluiu como esperado, as ações passaram a perder terreno (em preço, pois em volume ainda é a mais operada do Índice IBOVESPA), os investidores ficaram assustados e os especuladores assumiram o controle da situação.  Lá por meados de novembro de 2010, após atingir máximas, o papel da empresa (OGXP3) entrou em uma forte tendência de baixa, tendo como combustível os short-sellers que alugavam papéis e os vendiam a descoberto.  O volume inflou, a ação caiu fortemente e novos vendidos apareceram, mais aluguel de ações, um ciclo nocivo (e perigoso) que se auto-alimentava.

A bolsa, no entanto, tem limites.  No caso, o limite era de 30% para aluguel dos papéis.  Porém, quando este limite foi batido, a Bolsa o aumentou para 45%.  Imediatamente a ação tomou outro tombo, e atualmente 85% do limite está utilizado.  Pegou mal... a Bolsa tem sido acusada de favorecer os vendidos, a volatilidade do papel está altíssima (o ATR – Average True Range diário é de quase 5%) e a cotação do papel chegou a bater R$ 1,25 – ou seja, mais de 95% de baixa desde a máxima.  Virou papel-opção, no jargão de mercado.

Mas e agora? O que acontece?

Há algumas semanas, vem se ouvindo no mercado uma expressão: SHORT SQUEEZE.  Esta situação acontece quando o preço da ação começa a subir, os vendidos tem que comprar para desmontar a venda e entregar o aluguel e os papéis ficam escassos.  A demanda supera em muito a oferta, e quem está vendido é “apertado” (squeezed) e não consegue sair sem pagar um baita spread.  A música para, e na dança das cadeiras alguns sobram de pé, e com a conta para pagar.  As chances das ações darem um belo salto, neste caso, são grandes.  Não há fundamentos econômicos, obviamente.  É um movimento especulativo de correção, mais ou menos como um elástico esticado para baixo que arrebenta, e vai na direção oposta.

Operar este movimento, no entanto, é arriscado.  Arriscadíssimo.  Afinal, ninguém sabe quando ou o que vai ser o gatilho do movimento. Pode ser uma alta generalizada do Ibovespa (difícil, mas plausível);  pode ser a Bolsa dizendo que não irá mais aumentar o limite de vendas a descoberto (por estatuto, não pode ultrapassar 50% do free float);  pode ser que a taxa paga pelas ações alugadas (ou seja, o custo do aluguel) dispare por falta de ações disponíveis...  Enfim, algo pode acontecer.  Mas também pode não acontecer, e neste caso o papel fica estacionado lá no 5º subsolo, onde está agora.

De qualquer maneira, o case da OGX é um clássico do que pode acontecer quando projetos de financiamento perdem a confiança dos investidores.  Vale a pena estudar, e muito, o que aconteceu aqui.

Por fim, seja consciente:  se for apostar no short squeeze, use STOP LOSS !!!  Na verdade, use-o sempre!!!

The Turtle

Disclaimer:  Comprado em OGX, esperando o tempo fechar.  Stop loss na máquina.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Estudando... e comprando junk bonds!

Toda vez que passei por períodos de perda nas operações de mercado (e este é o maior deles), sempre me refugiei na leitura.  Leitura de biografias de traders, de novos setups, de estratégias de stop loss,, etc.  E, finalmente, resolvi fazer isso de novo.

Por recomendação de um amigo, estou lendo Reminiscents of a Stock Operator, de um autor fictício que na verdade é a historia de Jesse Livermore, um dos maiores operadores do início da era moderna do mercado financeiro.



Além disso, estou lendo um livro de estratégias operacionais do Leandro Stormer... não gosto muito destes aliados da XP, pois tudo o que eles querem é botar o povo para fazer day trades e gerar fluxo de ordens, mas para melhorar os stop losses tem sido ótimo.

Por fim, diminuí bem as operações (mas tenho BGI vendido e ICF comprado) e tomei uma posição mínima em OGX, pelo simples fato de que acho que haverá sim um short squeeze.  Minha ideia é aumentar gradativamente minha posição para cima, de 10 em 10 centavos.  Missão difícil, stop super longo e aposta arriscadíssima.  Não me siga.

YTD P&L:  -10,5%

Que a força esteja com você...

The Turtle

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Desapego, reconhecimento e a habilidade de mudar de opinião


Quase 45 dias de consultoria, e me bateu um "momento Eureka"... um daqueles momentos onde a névoa some e, rapidamente, entendemos algo que ninguém pode explicar.

Quando meu sabático começou, meu maior discurso era que "...eu nunca mais iria trabalhar para ninguem...".  Queria depender só de mim, ficar rico sem salário, viajar o mundo sem me preocupar com o cronograma de férias de outras pessoas, etc.  E assim se passou o último ano.

Pois bem... e mercado foi ótimo (para minha carteira pelo menos) no ano passado.  Viajei.  Fiz o que bem entendia.  Almoçava com amigos, de terno, em jeans e camiseta, despertando a inveja de todos.  E enquanto isso ia conquistando o mundo e fazendo planos.

Mas...

O mercado virou.  Alguns projetos não vingaram, outros atrasaram, a burocracia me tirou a paciência.  Fico pensando em quantos possíveis empresários o país perde por conta da burocracia. Vide meu post anterior...

Trabalhei duro nas ultimas semanas, entrevistei muita gente, levantei problemas, criei apresentações e desenferrujei as habilidades corporativas, planilhas, etc.  E percebi que estava gostando, lembrando de um tempo onde eu era feliz trabalhando, mas não sabia o porque.  Fiquei pensando nisso, onde foi que eu comecei a detestar o trabalho e as corporações... e percebi que nada tem a ver com as empresas em sim, mas sim com que tipo de PESSOAS eu estou lidando.

Na última empresa, que era para ser meu projeto de vida mas acabou sendo uma grande decepção, a guerra de egos, puxa-saquismo, síndrome do sangue azul e megalomania foram as chaves para que eu fritasse.  Apesar de muita gente inteligente na empresa, essa inteligência, a despeito dos planos iniciais do Alfa Banker, não foram canalizadas corretamente.  Deu no que deu, diga-se de passagem.

Foi então que os manda chuvas da empresa que estou trabalhando hoje me chamaram para um bate papo sincero, elogiando o trabalho feito, a visão independente, a qualidade do que foi entregue e estenderam o projeto para mais 2 fases.  Além disso, me ofereceram emprego (que por hora não aceitei) e me pediram ajuda em outros pontos fora do escopo.  E sim, isso me fez perceber que, se o clima da empresa pode nos levar para frente ou nos fazer empacar, quem faz o clima são as pessoas.

Só isso, sem contar o retorno financeiro, já fez esse trabalho pontual valer a pena.  Agora é tocar a vida.  Let's get back to work, baby!!!

The Turtle

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Insana Estrutura Jurídica do Brasil



Estou trabalhando com Consultoria.  Meu produto é meu tempo e meu esforço.  Mas há um problema, e que pelo que estou percebendo é um problema para todos:

1. Burocracia

Burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, caracterizado principalmente por um sistema hierárquico, com alta divisão de responsabilidade, onde seus membros executam invariavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens de uma máquina.
É também usado com sentido pejorativo, significando uma administração com muitas divisões, regras e procedimentos redundantes, desnecessárias ao funcionamento do sistema.

A estrutura brasileira exige um esforço herculano de paciência e dinheiro para navegar através de repartições e cartórios para se abrir uma empresa.  Algo em torno de 60 dias, além dos custos.  E uma vez aberta, a empresa leva de 2 a 5 anos para ser fechada.  Incrível!

Depois o governo fica reclamando de informalidade.  Minhas sugestões, a serem implementadas amanhã:

 - Extinguir todos os cartórios.  O governo deve ter um sistema único de documentação.  Eliminar autenticações de assinatura, taxas de registro de imóveis, etc.
 - Criar uma base unificada de dados, certidões e cadastro positivo, não só de pessoas físicas mas também de pessoas jurídicas;
 - SIMPLIFICAR A VIDA DAS PESSOAS.  Se um profissional liberal quister emitir NF-e, permitir que o mesmo o faça em seu próprio CPF.
 - Criar uma guia única de recolhimento de impostos.  Você entra na internet, informa seu CPF e o valor da nota, o sistema calcula os impostos unificadamente e emite uma GRU.

Não sou contra pagar impostos.  Mas temos que admitir que estes custos periféricos são exatamente o que acabam com a competitividade de nosso país, com a paciência de seus cidadãos e com a geração de empregos.

Até que se resolva isso, eu não irei gerar um só emprego formal.  Nenhum.  Todo o meu capital ficará aplicado, sem benefício nenhum para a sociedade.

Revoltado,

The Turtle

terça-feira, 23 de abril de 2013

Direto da Fonte (ou "Meu dia de Sônia Racy")

Whooo do you looove, Whooo do you love???


Consta, de fonte fidedigna, que após perder mais uma peça chave de seu staff uma notória butique de investimentos de São Paulo chamou uma reunião interna neste sábado para discutir "assuntos diversos de interesse de seus sócios".

A saber...

ATUALIZAÇÃO:  aparentemente a quantidade de sócios convidada para a reunião foi menor do que a esperada, dado que alguns não foram chamados (como diria George Orwell:  "todos iguais, mas uns mais iguais que os outros") e alguns foram demitidos um dia antes.  E não foi gente pequena não...



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pequenos Passos, Longas Jornadas


"Once upon a time, in a hole in the ground there lived a Hobbit..." (Bilbo Baggins / J.R.R Token)



Minha busca pelo que fazer, para onde ir e que caminho tomar continua. Despertei este ano após algumas perdas em trading, e me dei conta que confiar em somente uma coisa seria muito angustiante nos maus momentos.

Foi então que, pontualmente, peguei um projeto de consultoria.  O que era para durar um mês acaba de tomar uma "forma expandida", digamos, e vai um pouco mais longe.

A experiência de olhar uma empresa pelo lado de fora, sem chefes, sem agendas ou problemas acumulados tem sido uma tarefa enriquecedora.  Vai muito além de seus números, processos ou cultura...  É uma complexa conjunção de fatores que a moldam e definem seu rumo.

Além disso, o que estou aprendendo com essa situação é que um pequeno passo (neste caso assumir um pequeno projeto) pode ser o inicio de uma grande jornada.  Pode ser que isso não leve a muito mais, e que seja apenas um paliativo financeiro enquanto o mercado não vira para melhor.  Porém, talvez a coisa tome, memo sem que eu saiba neste momento, uma dimensão maior e renda frutos muito além de uma única tarefa.  E as grandes jornadas, as mais interessantes e desafiadoras, são aquelas que nào planejamos, e nem sabemos que iríamos fazer.

Posição atual: 100% cash

The Turtle

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Quem pode errar?


Cenário:  Sala de Reunião de proeminente butique financeira de Sampa, na Faria Lima (óbvio).

Personagens:  Socialite, Alfa Banker, Advogado Puxa-Saco, Oompa Loompa, moscas e ratos (sim, o escritório era infestado de moscas e ratos).

Contexto: Fechamento de ano e época de bônus, em empresa que dividia seus dividendos aos "Sócios" (sim, entre parênteses, dado que quase todos eram funcionários de luxo).  Reunião tensa devido a falta de dividendos a distribuir. 

Foi nesse encontro de cabeças pensantes (?!) que comecei a perceber o tamanho da roubada em que me encontrava.  Que a batalha era montanha acima, e que não havia prêmio no fim da jornada.  A situação do "Cale a boca e faça o que eu mando" imperava.  Um desses clássicos momentos onde você percebe que a promessa de que "todos vão ficar ricos, vamos cuidar de todo mundo" é uma grande baboseira.  Que quando o dinheiro é escasso, os gatos gordos aparecem e a maioria passa fome.

Nunca acredite nisso.  Quem gosta do seu dinheiro é VOCÊ, ninguém mais.  E não deu outra, o mercado virou, o dinheiro ralou e a galera... ahhh, a galera RODOU!!!  Seja a saída uma escolha (geralmente após as promessas caírem por água) ou uma imposição (imagina você ser demitido de uma empresa que ajudou a criar), a verdade é que a galera, literalmente, RODOU!!

E, como cereja no bolo, a tal da socialite me solta a famosa FRASE MARCANTE::

"Nós não podemos errar.  O banco pode errar, a mesa de operações pode errar, todo mundo pode errar... mas você não pode errar!!!"

Lembre-se:  não seja uma peça de xadrez, principalmente com gente que não consegue impor justiça em uma situação sob a qual deveria ter controle.

E segue a vida... o mundo gira e a Lusitana Roda!!

The Turtle

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Filmes Sobre o Mercado Financeiro

Desde o início dos anos 80, quando ficou evidente que a profissão de trader era o equivalente financeiro de ser um rock star, Hollywood se jogou no assunto e produziu uma extensa gama de títulos mostrando desde os excessos da era de ouro do mercado até os maiores escandalos e fraudes que já existiram.  Seja no formato de ficção, seja como documentário, segue abaixo uma lista sem ordem nenhuma do que considero os títulos mais importantes:

Boiler Room” (2000)
Trading Places” (1983)
Barbarians at the Gate" (1993)
Enron: The Smartest Guys In The Room” (2005)
The Pursuit of Happyness” (2006)

Other People’s Money” (1991)
Rogue Trader” (1999)
Inside Job” (2010)
“Trader” (1987)
Wall Street” (1987)
Wall Street - Money Never Sleeps” (2010)
"Margin Call" (2011)
"Arbitrage" (2012)
"Broke" (2009)
"Too Big To Fail" (2011)
"The Bonfire of the Vanities" (1990)


Segue um trecho do clássico Wall Street:




The Turtle

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Don't Fight the Tape



A frase do título deste post é um mantra recorrente em trading.  Eu mencionei nem um dos meus posts  anteriores (Para onde vai o mercado?) que acho que a situação do Brasil é péssima, nosso governo é fraco, e que a conta de nossa nossa infraestrutura precária vai chegar.  Não acho que esse desenvolvimento centrado em crédito vai nos levar muito longe.  Está aí o ridículo PIB do Sr. Mantega para provar...

Lá fora, acho que os ativos estão sobre-vendidos.  Não acho que há uma crise, mas estou esperando uma correção de uns 15-20%.

E meu dinheiro estava, até esta semana, nestas duas apostas.  Vendido em IBOV, vendido em SP500.

Porém, eu não sei de nada... tenho minhas opiniões, mas também tenho a coisa mais importante no meu setup:  um bom controle de riscos, e pontos de stop loss muito bem definidos.  Fui "estopado" nos dois trades e saí.

Não vou brigar com o gráfico.  Vou esperar.  Manter a calma e manter o olho no sistema até que alguma outra boa oportunidade chegue.  O mercado não está bom para trend followers no Brasil (e lá fora eu decidi ir contra a tendência).

Fica a dica:  DON´T FIGHT THE TAPE

Até a próxima...

The Turtle

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Moneyou - Colaboração e Independência

Durante minha vida no mercado financeiro eu cultivei amigos e desafetos.  A maioria destes desafetos simplesmente sumiu, meio que através de uma "válvula de descarga" sensorial que nos poupa de conviver com pessoas desagradáveis.  Porém, os amigos ficam, mesmo que sem se falar durante algum tempo.  E são estes bons contatos que um dia voltam para gerar oportunidades pessoais ou profissionais, seja para colaborar ou fazer barulho.

Eis que, da pilha de escombros fumegantes de instituição que pendurou a placa Going Out of Business, surge um novo projeto de meu amigo Jason Vieira:  MONEYOU:


Por alguma razão aparente, Mr. Vieira gostou de alguns textos deste humilde blog e convidou o THE TURTLE para contribuir com algum material.  

       *** The Turtle - Nosso Novo Colunista ***

Logo mais, alguns dos textos deste espaço serão lá publicados, e produziremos material exclusivo para este projeto.

Me sinto honrado!  Obrigado J.V.!

The Turtle

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Compliance e a Inerente Inutilidade do Ser



Um dos meus bloggers favoritos, @ReformedBroker (a.k.a Josh Brown) tem um post interessantíssimo sobre a inutilidade do Compliance em algumas firmas.

Wall Street's Original Sin

Reflita... eu vi EXATAMENTE isso acontecer, e meus colegas "Risk" e "Picachu" estão na primeira fila do gargarejo.

The Turtle

terça-feira, 2 de abril de 2013

Respeitando Limites


-10%!  

Este era o limite imposto para o ano, onde minha auto-imposta regra dita que eu devo parar, observar e não operar durante 15-30 dias.  Existe, obviamente, a possibilidade de eu perder uma grande tendência neste período, mas limites são impostos e se não os respeitarmos então de que vale nosso risk management?

Apenas uma posição em aberto resta.  Vendido em Indice, posição pequena com stop muito cuirto que quase foi atingido no recente repique do Ibovespa.  Voltou, mas ainda assim perto do 0x0.

Enquanto isso a vida segue...  cabeça fria, posição cash!

The Turtle

terça-feira, 26 de março de 2013

De volta à Labuta...

Estamos de volta!


Depois de um longo e delicioso sabático, hora de tentar novos projetos... e um deles acaba de sair do forno.

Consultoria... sempre tive os consultores como pessoas que ganham muito e trabalham pouco.  Mas não é que o trabalho é arduo mesmo?

E, mas veio o primeiro contrato, já temos mais coisa no pipeline.

Bora ganhar dinheiro!  Porque, se for viver só de mercado financeiro... estou na roça!

The Turtle


PS:  YTD P&L:  -8,24 %

sexta-feira, 15 de março de 2013

Produtos Listados vs. Produtos de Balcão

Mais uma lição aprendida...

Ano passado, quando comecei a operar, comprei títulos públicos para usar de garantia nas operações de BM&F.  Na época, a corretora, a XP Investimentos, me deu a opção de comprar via mesa, fora do Tesouro Direto, sendo que os títulos ficariam custodiados no CETIP.  O valor de cada título era mais alto do que no TD, sendo que a vantagem anunciada é que os custos de custódia seriam bem menores.

Pois bem, agora que chegou a hora de sair da posição, a XP está me cobrando de 300 a 400 basis points de spread para realizar a recompra.  Isso significa 3.5% de deságio em cima da posição toda.

Fica a lição:  NUNCA COMPRE NADA QUE NÃO ESTEJA LISTADO E TENHA PREÇO NA TELA

Agora, o que fazer?

1 - Reclamação formal na CVM, com abertura de processo administrativo após avaliação;
2 - Mudar de corretora.  Pago uma média de 1500 reais só de corretagem por mês.  Se a corretora quer me foder, vai ficar sem receita;
3 - Escrever um post no blog e fazer um bom barulho, espalhando a palavra para outros traders e investidores não caírem na mesma balela (feito).

Tudo é muito bonito na brochura, mas NUNCA CONFIE NUMA CORRETORA

Aproveitando:  Fiz uma análise de custos de corretagem.  A corretora RICO (www.rico.com.vc) está com custos muito mais baixos.

Vai dar merda!  Sempre pesquise e compare...

The Turtle

quinta-feira, 14 de março de 2013

Pisando no freio




Quase 10% de baixa no ano.  Poucos trades com ganho, e muitos com perda, stop loss integral.  Logo, hora de reavaliar:

      1 - Estou saindo de 80% da minha posicao de NTN-B.  Após um ótimo ganho, a coisa virou e o MTM está começando a comer meu resultado.  Realocação para LFT Selic 2017, que vou usar como garantia.

      2 - Cortei os tamnahos dos trades pela metade, e vou cortar mais um pouco.  O mercado está muito sem direção para continuar entrando e saindo toda hora.

      3 - Estou esperando a reversão do S&P 500 para entrar vendido.  O movimento de alta que começou em Novembro está finalizando a 5a onda, com o RSI (IFR) em bearish divergence.  Tudo indica que vai virar, meu ponto de entrada short é nos 1548, com aumento da venda em 1530.  Se quebrar estes dois pontos, é possível que o S&P vá buscar os 1425 (todos estes pontos são válidos para o contrato de S&P 500 da BM&F).


Exemplo de bearish diversion em vermelho


As únicas posições que estou mantendo são:

      1 - DOLFUT vendido, onde estou perto de ser stopado mas há uma resistencia na MM 20 (gráfico diário).

      2 - BGIFUT comprado, onde quase fui stopado na 2a perna do Turtle mas a 5a onda tomou fôlego e está em tendência de alta.  Se romper a MM 200 para cima no gráfico diário pode buscar R$ 99.

Por fim, comecei a seguir diariamente alguns blogs de Elliott Waves.  Já falei sobre EW aqui, e acho que a contagem correta das ondas vai me ajudar a melhorar o risco/retorno das operações, e otimizar os pontos de entrada e saída (sejam eles stop loss ou, espero eu, stop gains).  Seguem os links:

Deneric's Elliott Waves

Wave Principle

Trending Waves

É claro que, se alguém quiser se aprofundar muito e assinar um ótimo serviço de informações sobre Elliott Waves, nada melhor do que o site do Robert Prechter:  www.elliotwave.com

Abraços,

The Turtle