quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Insana Estrutura Jurídica do Brasil



Estou trabalhando com Consultoria.  Meu produto é meu tempo e meu esforço.  Mas há um problema, e que pelo que estou percebendo é um problema para todos:

1. Burocracia

Burocracia é um conceito administrativo amplamente usado, caracterizado principalmente por um sistema hierárquico, com alta divisão de responsabilidade, onde seus membros executam invariavelmente regras e procedimentos padrões, como engrenagens de uma máquina.
É também usado com sentido pejorativo, significando uma administração com muitas divisões, regras e procedimentos redundantes, desnecessárias ao funcionamento do sistema.

A estrutura brasileira exige um esforço herculano de paciência e dinheiro para navegar através de repartições e cartórios para se abrir uma empresa.  Algo em torno de 60 dias, além dos custos.  E uma vez aberta, a empresa leva de 2 a 5 anos para ser fechada.  Incrível!

Depois o governo fica reclamando de informalidade.  Minhas sugestões, a serem implementadas amanhã:

 - Extinguir todos os cartórios.  O governo deve ter um sistema único de documentação.  Eliminar autenticações de assinatura, taxas de registro de imóveis, etc.
 - Criar uma base unificada de dados, certidões e cadastro positivo, não só de pessoas físicas mas também de pessoas jurídicas;
 - SIMPLIFICAR A VIDA DAS PESSOAS.  Se um profissional liberal quister emitir NF-e, permitir que o mesmo o faça em seu próprio CPF.
 - Criar uma guia única de recolhimento de impostos.  Você entra na internet, informa seu CPF e o valor da nota, o sistema calcula os impostos unificadamente e emite uma GRU.

Não sou contra pagar impostos.  Mas temos que admitir que estes custos periféricos são exatamente o que acabam com a competitividade de nosso país, com a paciência de seus cidadãos e com a geração de empregos.

Até que se resolva isso, eu não irei gerar um só emprego formal.  Nenhum.  Todo o meu capital ficará aplicado, sem benefício nenhum para a sociedade.

Revoltado,

The Turtle

terça-feira, 23 de abril de 2013

Direto da Fonte (ou "Meu dia de Sônia Racy")

Whooo do you looove, Whooo do you love???


Consta, de fonte fidedigna, que após perder mais uma peça chave de seu staff uma notória butique de investimentos de São Paulo chamou uma reunião interna neste sábado para discutir "assuntos diversos de interesse de seus sócios".

A saber...

ATUALIZAÇÃO:  aparentemente a quantidade de sócios convidada para a reunião foi menor do que a esperada, dado que alguns não foram chamados (como diria George Orwell:  "todos iguais, mas uns mais iguais que os outros") e alguns foram demitidos um dia antes.  E não foi gente pequena não...



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pequenos Passos, Longas Jornadas


"Once upon a time, in a hole in the ground there lived a Hobbit..." (Bilbo Baggins / J.R.R Token)



Minha busca pelo que fazer, para onde ir e que caminho tomar continua. Despertei este ano após algumas perdas em trading, e me dei conta que confiar em somente uma coisa seria muito angustiante nos maus momentos.

Foi então que, pontualmente, peguei um projeto de consultoria.  O que era para durar um mês acaba de tomar uma "forma expandida", digamos, e vai um pouco mais longe.

A experiência de olhar uma empresa pelo lado de fora, sem chefes, sem agendas ou problemas acumulados tem sido uma tarefa enriquecedora.  Vai muito além de seus números, processos ou cultura...  É uma complexa conjunção de fatores que a moldam e definem seu rumo.

Além disso, o que estou aprendendo com essa situação é que um pequeno passo (neste caso assumir um pequeno projeto) pode ser o inicio de uma grande jornada.  Pode ser que isso não leve a muito mais, e que seja apenas um paliativo financeiro enquanto o mercado não vira para melhor.  Porém, talvez a coisa tome, memo sem que eu saiba neste momento, uma dimensão maior e renda frutos muito além de uma única tarefa.  E as grandes jornadas, as mais interessantes e desafiadoras, são aquelas que nào planejamos, e nem sabemos que iríamos fazer.

Posição atual: 100% cash

The Turtle

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Quem pode errar?


Cenário:  Sala de Reunião de proeminente butique financeira de Sampa, na Faria Lima (óbvio).

Personagens:  Socialite, Alfa Banker, Advogado Puxa-Saco, Oompa Loompa, moscas e ratos (sim, o escritório era infestado de moscas e ratos).

Contexto: Fechamento de ano e época de bônus, em empresa que dividia seus dividendos aos "Sócios" (sim, entre parênteses, dado que quase todos eram funcionários de luxo).  Reunião tensa devido a falta de dividendos a distribuir. 

Foi nesse encontro de cabeças pensantes (?!) que comecei a perceber o tamanho da roubada em que me encontrava.  Que a batalha era montanha acima, e que não havia prêmio no fim da jornada.  A situação do "Cale a boca e faça o que eu mando" imperava.  Um desses clássicos momentos onde você percebe que a promessa de que "todos vão ficar ricos, vamos cuidar de todo mundo" é uma grande baboseira.  Que quando o dinheiro é escasso, os gatos gordos aparecem e a maioria passa fome.

Nunca acredite nisso.  Quem gosta do seu dinheiro é VOCÊ, ninguém mais.  E não deu outra, o mercado virou, o dinheiro ralou e a galera... ahhh, a galera RODOU!!!  Seja a saída uma escolha (geralmente após as promessas caírem por água) ou uma imposição (imagina você ser demitido de uma empresa que ajudou a criar), a verdade é que a galera, literalmente, RODOU!!

E, como cereja no bolo, a tal da socialite me solta a famosa FRASE MARCANTE::

"Nós não podemos errar.  O banco pode errar, a mesa de operações pode errar, todo mundo pode errar... mas você não pode errar!!!"

Lembre-se:  não seja uma peça de xadrez, principalmente com gente que não consegue impor justiça em uma situação sob a qual deveria ter controle.

E segue a vida... o mundo gira e a Lusitana Roda!!

The Turtle

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Filmes Sobre o Mercado Financeiro

Desde o início dos anos 80, quando ficou evidente que a profissão de trader era o equivalente financeiro de ser um rock star, Hollywood se jogou no assunto e produziu uma extensa gama de títulos mostrando desde os excessos da era de ouro do mercado até os maiores escandalos e fraudes que já existiram.  Seja no formato de ficção, seja como documentário, segue abaixo uma lista sem ordem nenhuma do que considero os títulos mais importantes:

Boiler Room” (2000)
Trading Places” (1983)
Barbarians at the Gate" (1993)
Enron: The Smartest Guys In The Room” (2005)
The Pursuit of Happyness” (2006)

Other People’s Money” (1991)
Rogue Trader” (1999)
Inside Job” (2010)
“Trader” (1987)
Wall Street” (1987)
Wall Street - Money Never Sleeps” (2010)
"Margin Call" (2011)
"Arbitrage" (2012)
"Broke" (2009)
"Too Big To Fail" (2011)
"The Bonfire of the Vanities" (1990)


Segue um trecho do clássico Wall Street:




The Turtle

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Don't Fight the Tape



A frase do título deste post é um mantra recorrente em trading.  Eu mencionei nem um dos meus posts  anteriores (Para onde vai o mercado?) que acho que a situação do Brasil é péssima, nosso governo é fraco, e que a conta de nossa nossa infraestrutura precária vai chegar.  Não acho que esse desenvolvimento centrado em crédito vai nos levar muito longe.  Está aí o ridículo PIB do Sr. Mantega para provar...

Lá fora, acho que os ativos estão sobre-vendidos.  Não acho que há uma crise, mas estou esperando uma correção de uns 15-20%.

E meu dinheiro estava, até esta semana, nestas duas apostas.  Vendido em IBOV, vendido em SP500.

Porém, eu não sei de nada... tenho minhas opiniões, mas também tenho a coisa mais importante no meu setup:  um bom controle de riscos, e pontos de stop loss muito bem definidos.  Fui "estopado" nos dois trades e saí.

Não vou brigar com o gráfico.  Vou esperar.  Manter a calma e manter o olho no sistema até que alguma outra boa oportunidade chegue.  O mercado não está bom para trend followers no Brasil (e lá fora eu decidi ir contra a tendência).

Fica a dica:  DON´T FIGHT THE TAPE

Até a próxima...

The Turtle

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Moneyou - Colaboração e Independência

Durante minha vida no mercado financeiro eu cultivei amigos e desafetos.  A maioria destes desafetos simplesmente sumiu, meio que através de uma "válvula de descarga" sensorial que nos poupa de conviver com pessoas desagradáveis.  Porém, os amigos ficam, mesmo que sem se falar durante algum tempo.  E são estes bons contatos que um dia voltam para gerar oportunidades pessoais ou profissionais, seja para colaborar ou fazer barulho.

Eis que, da pilha de escombros fumegantes de instituição que pendurou a placa Going Out of Business, surge um novo projeto de meu amigo Jason Vieira:  MONEYOU:


Por alguma razão aparente, Mr. Vieira gostou de alguns textos deste humilde blog e convidou o THE TURTLE para contribuir com algum material.  

       *** The Turtle - Nosso Novo Colunista ***

Logo mais, alguns dos textos deste espaço serão lá publicados, e produziremos material exclusivo para este projeto.

Me sinto honrado!  Obrigado J.V.!

The Turtle

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Compliance e a Inerente Inutilidade do Ser



Um dos meus bloggers favoritos, @ReformedBroker (a.k.a Josh Brown) tem um post interessantíssimo sobre a inutilidade do Compliance em algumas firmas.

Wall Street's Original Sin

Reflita... eu vi EXATAMENTE isso acontecer, e meus colegas "Risk" e "Picachu" estão na primeira fila do gargarejo.

The Turtle

terça-feira, 2 de abril de 2013

Respeitando Limites


-10%!  

Este era o limite imposto para o ano, onde minha auto-imposta regra dita que eu devo parar, observar e não operar durante 15-30 dias.  Existe, obviamente, a possibilidade de eu perder uma grande tendência neste período, mas limites são impostos e se não os respeitarmos então de que vale nosso risk management?

Apenas uma posição em aberto resta.  Vendido em Indice, posição pequena com stop muito cuirto que quase foi atingido no recente repique do Ibovespa.  Voltou, mas ainda assim perto do 0x0.

Enquanto isso a vida segue...  cabeça fria, posição cash!

The Turtle