quarta-feira, 26 de junho de 2013

O ciclo do crédito no Brasil... e os motivos para tudo isso acabar mal, muito mal

Artigo publicado no site MoneYou  




Imagine o seguinte:  você arranja um emprego.  Você produz.  Você recebe seu salário. Você gasta seu salário com suas necessidades alimentícias, familiares, de saúde, educação, etc., e guarda um pedaço para comprar aquela TV de Plasma que vai ficar bacana na sala.  A Copa está aí, tem que ter TV grande.  Quando o dinheiro dá, você compra a TV. Paga à vista, pois não quer fazer divida.  Este é o brasileiro dos anos 80 e 90.

Agora imagine: você arranja um emprego.  Você produz.  Você recebe seu salário, e então é elegível (pois tem renda) a comprar a prazo no Magazine Bahia. Então você vê o que sobra após todos os seus gastos, e este valor é a soma das parcelas que você pode pagar mensalmente.  Então você vai lá no Magazine Bahia e compra uma TV de Plasma, um Home Theater e um sofá novo.  Afinal, o Galvão tem uma voz linda. Este é o brasileiro pós ano 2000.

Então... você tem emprego, você comprou a crédito, a produção aumentou, o seu vizinho arranjou emprego, comprou, contratou empregada, ela comprou, a fabrica produziu mais, o funcionário fez um financiamento de 60 meses num Celta 1.0 novinho... tudo está indo bem. Aquele imóvel lindo na planta você está pagando a perder de vista, vai usar o FGTS lá no fim e financiar o que faltar.  Mas como imóvel dobra de preço a cada 5 anos, ta sussa... vamos nessa que a hora é agora!  A CVC vende viagens em 12x sem juros para fazer compras em Miami, e mais um boletinho mensal não vai fazer tanta diferença.

Quem paga essa conta?  Obviamente, tem mais dinheiro no sistema do que o salário que todo mundo ganha.  O dinheiro vem de algum lugar, certo? E, mais importante ainda: o que acontece quando a música para?  Quando o dinheiro der uma "secada", o banco subir a taxa e o cartão de crédito estourar?  Veja bem, não estamos falando aqui só de bens duráveis... carros e automóveis são a garantia do empréstimo sim.  Mas estamos falando de financiar serviços e bens descartáveis, coisas que duram 5 ou 10 anos.  3 celulares por cabeça? É só entrar em qualquer linha de ônibus hoje e você vê !

Quando a música parar, o crédito secar e as vendas diminuírem, a fábrica para.  A construção para. O primeiro sinal serão as "férias coletivas", tentando ganhar tempo e limpar os estoques.  Depois, vem as demissões de ajuste.  Lembre que neste caso os juros já subiram, a inflação está caindo pois ninguém compra nada (demanda baixa) e o ciclo começa a azedar.

O segundo passo é um aumento da inadimplência.  Afinal, se você está sem grana pois foi demitido, o boleto do Magazine Luisa vai pro lixo e você compra arroz e feijão, certo?  Ainda bem que eles estarão mais baratos, pois o preço das commodities foi pro chão.  Só se compra o necessário.

Nesse ponto o governo sai correndo atrás do rabo... tentando estimular a economia, criando pacotes e bolsas, baixando tarifas pontualmente (pois ele gasta demais e se cortar de vez os impostos, o país quebra) e... humm... peraí... isso JÁ ESTÁ ACONTECENDO !!!

Entendeu ou quer que desenhe?

The Turtle

terça-feira, 25 de junho de 2013

Velhos? Sem energia? Sem relevância?

Este fim de semana fiz algo que não fazia havia muito tempo:  comprei um box com DVD/CDs.  Mas não qualquer box...  eu compre este aqui:



" Ahhh, você comprou MAIS UM do Led Zeppelin??? "

Para quem não sabe, e quem não sabe não merece mesmo saber, esta é a gravação do show de reunião dos  caras em 2007, no O2 Arena, em Londres.  Um amigo meu, morando no Reino Unido naquela época, sacou 5 mil libras (uns 18 mil reais!!!!) e foi na porta tentar comprar um ingresso dos 20 mil que foram sorteados.  Mandaram ele passear, obviamente.

O show é marcado não só pela vivacidade dos "velhinhos", mas também porque o baterista é o Jason Bonhan, filho do baterista original do Led Zeppelin, morto em 1980 após se afogar no próprio vômito.

O box tem um blue ray de qualidade incrível, e um duplo album para ouvir no carro a 180km/h.

Preço? Não que importe, mas custa R$ 92 reais na FNAC.

The Turtle


sábado, 22 de junho de 2013

A Brasil S.A pede socorro!

Artigo publicado no site MoneYou  



Nosso país é uma empresa.  

Toda empresa tem Clientes, e estes clientes são nossos compradores internacionais, os turistas e os que nos visitam a trabalho, comprando matéria prima e serviços.

Toda empresa tem Acionistas.  Na Brasil S.A., são quase 200 milhões.  Uns tem mais participação, outros tem menos, mas estamos todos no mesmo barco.

Toda empresa deve gerar Receita e Superavit, para se perpetuar e crescer.  As "unidades de negócio" da Brasil S.A. são as corporações, os pequenos, médios e grandes negócios que operam dentro do país.  A padaria é uma unidade de negócios, o salão de beleza é outro, e as grandes construtoras também. Estas unidades de negócio são o que mantém nosso país operando.

Agora, pense: se um contador olhar o balancete desta empresa, o que será que ele vai achar?

O país faz quase tudo para dificultar e exaurir cada unidade de negócios de seus lucros, na forma de impostos e taxas, burocracia e regulamentação tão complexa que beira o intolerável.

O país trata seus grandes clientes como inimigos imperialistas, enquanto os pequenos, que só dão prejuizo e dor de cabeça (Argentina, Cuba, Venezuela, Bolívia) são exaltados.  Seria como ter uma concessionária de veículos e vender apenas para quem tem crédito ruim e fala mal do produto!!!

Tomemos por exemplo a Petrobras... o país, ao invés de buscar eficiência e lucro, faz o possível para maquinar sua maior empresa, para que ela não gere resultados mas sim seja uma máquina de sugar os acionistas.  OLHE O GRÁFICO ACIMA !!  O país tem a maior reserva de petróleo do mundo, e ainda assim a "unidade de negócios" Petrobras da prejuízo, o produto é ruim, caro e escasso.

Chegou a hora de olhar a Brasil S.A. com uma visão diferente.  Uma visão de capital.  O capitalismo não é perfeito, mas ele é a experiência econômica mais eficiente que já existiu.  Lucro não é pecado! Lucro gera empregos, empregos geram consumo e poupança interna, e consumo gera mais produção e crescimento.

Assim como acontece na vida de toda empresa familiar mal administrada, a Brasil S.A. chegou a uma encruzilhada:  ou profissionalizamos a gestão, cortando gastos e aumentando a eficiência, ou vamos quebrar.  Mesmo com ativos em nosso balancete (óleo, água, florestas e fazendas).

Precisamos de um novo CEO, um novo Conselho de Administração, uma nova Área Jurídica.

Precisamos repensar nosso Modelo de Negócios.

The "revolted" Turtle

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mudemos hoje, Para existirmos sempre!



Demorou.  Houve um grande hiato de ideologia no país.  Desde a queda de Fernandinho Saco Roxo Collor de Melo, em 1992, as ruas do país não viram gente gritando.  Não para conseguir algo concreto e útil, mas apenas para o Carnaval, as copas e os arrastões.

Semana passada eu tinha uma opinião.  A de que a polícia devia descer a borracha nos baderneiros idiotas que não me deixavam chegar em casa.  Arnaldo Jabor também era meu representante.

Mas algo mudou.  Em uma semana veio a tona muito mais coisa.  O Facebook, quem diria, é a nova urna eletrônica.  É a nova praça dos 3 poderes, mas o poder é um só.  E, como eu já escrevi antes aqui neste espaço, a capacidade de perceber que se está errado é uma das grandes qualidades de um indivíduo.  Seja o Jabor, eu ou a dupla dinâmica (Alfa Banker e Socialete Primeira Dama).

0,20 centavos?  Não é só isso... é a Copa, que está queimando dinheiro.  É o discurso velho de que a "Petrobras é Nossa", e ao invés de privatizar, vira um cabidão de empregos e instrumento de financiamento do PT.  É a estrada que mata 50 mil por ano, é o aeroporto que ninguém aguenta mais, gente morrendo na porta do hospital, bandidos roubando e matando sem reação do estado.

Não é mais uma questão de ricos contra pobres.  Os iPhones filmam as passeatas, a banda larga de R$ 200 reais por mês coloca no ar.  Agora é o povo (demo, na raiz da palavra democracia) que decidiu que o governo não mais o representa.  Chega do cancêr de Luiz Inácio Lula da Silva, que com um discurso de ideologia maquinou o país para benefício próprio.  Chega de se aliar a Venezuela, Argentina e Bolívia.  Chega de fechar os olhos para o resto do mundo.

Eu não quero ônibus de graça, nem que o governo seja dono de todo o capital.  Eu quero que meu dinheiro seja usado no meu país.  Para algo perpétuo.

Que surja um novo Brasil, meu e seu.  E não do PT, ou de qualquer outro partido.

Mudemos.

The Turtle

terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma mudança à vista no Brasil ?



Nosso país está doente.  Tem um câncer, chamado GOVERNO.  Não me entenda mal, eu não sou contra governos por natureza.  O governo é uma das pedras fundamentais da estrutura democrática moderna, seja ela baseada no modelo europeu ou no modelo americano.

Porém, nosso governo não existe como um condutor do país.  Ele age mais no sentido de sugar os recursos do meio onde vive, como gafanhotos, destroçando as plantações por onde passam e deixando para trás miséria e desolação.

Nosso pais é rico.  Tem terras, água, óleo, mar, clima bom (se bem que poderia nevar por aqui, fazendo o povo ser mais trabalhador).  Temos minério.  Temos florestas (ainda).  Mas, o que não temos, é um plano de país, de longo prazo.  O povo brasileiro é o maior desastre natural do país.

E, em cima disso, os governos sugam, trabalham para manter poder, sem se preocupar com nossa sustentabilidade econômica, estabilidade, perpetuidade do país.

É com olhos estranhos que começo a ver os mais recentes eventos:  violência disparou (74% de mortes violentas a mais em SP este ano), protestos nas ruas contra o governo (e com muito quebra-quebra), saída de divisas e investidores, bolsa pra baixo.

Antes da tempestade vem a calma.  E, tomara, antes da melhorar, estamos passando pelo pior.  O país vai chegar perto de um ponto de inflexão, muita coisa vai mudar e, se Deus quiser, este governo saí da frente e voltaremos a avançar.

The Turtle

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cabeça vazia, volta ao trabalho, update de mercado...

Fase difícil... depois de voltar para casa, me sinto como se não estivesse mais progredindo.  No início, o sabático era um exercício de higiene mental.  Porém agora sinto que poderia estar fazendo mais.

Comecei a procurar alguma coisa para fazer... posição fixa ou outra consultoria.  Não sei ainda com isso irá se desenrolar, mas não tenho pressa.  Voltar para banco significa ficar fora do mercado financeiro (uma dicotomia estranha), e estou tentando evitar isso.

O mercado finalmente virou.  Mas a tendência de baixa não está 100% estabelecida, e isso pode gerar um backlash grande e causar prejuizos.  Trailling stops e olho nas ondas de Elliot, sob tutela do guru que me ajuda.

Tome suas vitaminas.  E beba sopa.


The Turtle