sexta-feira, 26 de julho de 2013

Vamos voltar a falar de mercado

Assalto, viagem, busca por um veículo-rambo à prova de balas...  muita coisa acontecendo, mas não posso esquecer dos números, dos gráficos e do mercado financeiro em geral.

Nos últimos tempos tenho operado muito o Dolar Futuro.  Havia reclamado muito, no passado, sobre a manipulação do Guido Mantega e do BACEN na taxa de câmbio, que detonavam meus swing trades.  Porem, parece que peguei um certo jeito para operar no curtíssimo prazo.  O trade é basicamente:  espere o BACEN entrar e anunciar leilão, espere a taxa cair entre 15 a 25 pontos, compre e espere estilingar de volta.  Tem funcionado todo santo dia!!


Mudança de foco: reduzi, e muito, minhas operações com commodities.  Não está valendo a pena, custa caro e leva tempo demais.

Tesouro Direto:  para a maioria dos home traders, é muito difícil conseguir operar o DI futuro.  Os custos são altos e os contratos, negociados em blocos de 5, tem um notional mínimo de quase 500 mil reais.  Então me resta, quando quiser vender a taxa, comprar NTN-F.  Eu estava comprado em uma posição grande, e na terça feira a taxa havia caido.  Logo, ganhei uns trocos.  Na quarta feira, porém, a taxa disparou, e o prejuízo ia ser grande.  Entrei no Tesouro Direto para fazer uma consulta e percebi que, como era dia de recompra, o preço de recompra era o do dia anterior.  Isso mesmo.  Logo, vendi tudo evitando a perda.  É sempre bom ficar de olho para este tipo de oportunidades.

*****Keep Trading*****

The Turtle

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apocalypse Now

Penso todo dia em uma solução.  Tento adivinhar o que pode ser feito.  Como executar.  Qual o caminho correto.

Nosso país tem raizes podres, a verdade é essa.  A raiz da vagabundagem, do comodismo, do "...é assim mesmo que funciona, não adianta lutar contra".

Nosso governo é incompetente e atrasado, um reflexo de nossa população.  Vamos esquecer a corrupção só por um momento, e ainda assim sobra o total despreparo de nossos governantes em pensar a longo prazo.  De educar.  De promover a segurança.  Blinde o carro, contrate seguranças.

Recentemente me veio o insight:  a solução vai tomar, em um cenário otimista, de 30 a 50 anos.  Educar, pacificar, expurgar os demônios.  A morte levar os que merecem, e outros melhores surgirem.

Mas... 30 a 50 anos é o meu intervalo de vida.  É o que me resta, e o que me resta é uma ausência de país.  É um trabalho mais do que herculano consertar essa terra.  Nem Deus, nem Papa, nem Lula....

Penso em um desastre.  Algo que choque.  Penso no fim como uma solução.  Uma doença, um meteoro, um apocalipse.

Brasil, você é um paciente terminal.  O morto ambulante.


The Turtle

terça-feira, 23 de julho de 2013

Agora é que eu quero ver...

Do blog da tia Sonia Racy:

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Cobertor curto?

23.julho.2013 | 1:04
A Prefeitura está preparando uma operação de guerra para acolher moradores de rua. A frente fria que começa hoje promete ser a pior em dez anos.
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Espero que a cidade consiga proteger nossos tantos moradores de rua.  É um problema social e não temos estrutura (pra variar, certo PT?) para acomodar todo mundo.
Por outro lado, eu espero que os 7 assaltantes e seus amiguinhos estejam congelando de frio, sentados na terra e comendo o resto do resto, sentindo o cheiro horrivel do esgoto. 
Enquanto isso, na "Maison de Tortue":


The Turtle

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Curvas...



Qual a decisão mais importante da vida de uma pessoa? E a sua, qual foi?

Para muitos, é quando decide-se qual profissão seguir.  Qual faculdade fazer.  Onde vai morar, senão em sua cidade natal.

Para outros, é o início de uma nova família.  Aquele relacionamento que ficou sério, e o grande passo de propor o casamento.  Ou talvez a decisão de ter filhos.

Será?

Talvez seja o início de um novo negócio.  Ou resolver mudar de profissão aos 35 anos, saindo de sabático, como eu fiz.

Talvez...

Mas talvez não.  Ontem, a decisão mais importante de minha vida foi uma curva à esquerda.  Uma curva aberta, um caminho que eu já havia feito outras vezes.  Muito cedo, num belo dia de sol, a caminho do golfe.  Certamente uma decisão que, se não mudou minha vida, poderia ter destruído grande parte dela, ou mesmo terminá-la.

Logo depois da curva, veio o assalto... 4 homens armados, descendo do morro.  Um em frente ao carro, uma pistola apontada para o parabrisas.  Um segurando o trânsito no caminho inverso.  Um em cada janela.

Tentativas de manter a calma, pavor, o cano do 38 na cara.  Vão-se os telefones, as carteiras, e quando olho para trás, meu irmão não está mais no carro.  Ouço um estampido, tenho certeza que é um tiro.  Meu irmão não está mais no meu campo de visão.  A vida muda em uma curva...

Graças a Deus, ouço a voz dele.  Ele está bem, não foi um tiro.  Foi a coronhada no carro, que é uma caixa acústica.  Alexandre, nosso amigo, finalmente consegue abrir a janela.  Levam-lhe o tênis e o relógio.

Deixam-nos ir.  Acabou o pesadelo.

200 metros à frente... 3 homens.  Garotos.  Modus Operandi não muda.  Pistola no parabrisas, revolvers nas janelas.  Mas já não temos mais o que entregar.  Estamos sem as roupas de cima, descalços.  Vamos morrer.  Pedem para abrir o porta-malas.  Vão-se as bolsas de golfe.  Mandam que sigamos em frente.

No final da avenida (mais 300 metros), há uma base da PM.  Paramos e pedimos socorro, os policiais olham para nosso grupo como se fôssemos idiotas.  Não como vítimas.  Não podemos usar o telefone.  Eles são 7, e seis saem em duas viaturas.  Olhamos em volta, estamos do lado do morro onde vivem os criminosos, relatando o que foi dito ao único policial que ficou.  Ele tem um revolver, 6 cartuchos.  Os bandidos tinham 7 armas.  Continuamos com medo.  5 minutos depois, voltam as viaturas e relatam tudo estar normal.  Pedimos uma escolta.  Não queremos fazer B.O., não queremos ficar ali mais nenhum segundo.  Saímos a toda.  Catatônicos.  Despidos de parte das roupas, de todo o direito, de toda a cidadania e de qualquer gosto de ser brasileiros que restava.  Este país está podre, e não é mais nossa casa. Aqui vivemos, presos, mas não mais nossa terra é nosso lar.

A noite, reencontro minha família.  Choro. Deixo o desespero sair.

Minha vida poderia ter acabado.  Morto, sem um irmão, ou sem um amigo.  Tenho todos, mas algo ficou naquele lugar.  A principal decisão da minha vida foi tomada em poucos segundos.  Os efeitos ainda não são claros.

Cada decisão conta.

The Turtle