"A maior expressão da angustia, pode ser a depressão, algo que você pressente" (Lobão)
Triste.
Já a algum tempo. 2013 foi um ano difícil. Comecou com esperança, mas degringolou. Descobri um problema de saude, o primeiro serio... Fui operado pela primeira vez. Perdi dinheiro pela primeira vez, dinheiro grande. Minhas viagens não me davam prazer. Fui assaltado, e quase matei meu irmão no processo. Gastei mais dinheiro para blindar o carro. Decididamente entendi que minha relação com um ente próximo nunca será profunda como eu gostaria. Decidi voltar ao mercado e não acho emprego.
Nada funciona. Nem o carro blindado.
Mentira, o casamento, minha âncora sã em um mundo insano, funciona. Muito. Estou vivo por conta disso, provavelmente.
Hoje foi pesado. Ganhei dinheiro, mas a sessão de terapia foi pesada. Aprendi o que dói aprender. Voltava pela Faria Lima a pé, e decidi ouvir musica. Fazia tempo que não usava a musica como combustível, e anestésico, da depressão. E eu hava esquecido como "AUGUST..." é bom.
A beleza mórbida da depressão me atrai, eu gosto dela. A música flui melhor. A vontade de andar no meio dos carros, o medo de ser enquadrado pelo guarda vira desejo de confusão, de acabar tudo ali mesmo, de ser herói e vítima ao mesmo tempo.
BANG! Fim.
Eu já estive assim. Eu já FUI assim. Eu, na verdade, sou assim. Eu aprendi com isso. A vida passa por cima da gente, a gente atropela ela de volta. Dos 4 aos 17, dos 18 aos 21... a Depressão estava lá, trilha sonora e tudo.
O desejo do fim só pode ser sobreposto pela beleza e diversão da qual faz parte o processo destrutivo.
Vinho. "SATELLITES...". Um iPad na sacada. E, graças a Deus, eu tenho medo de altura!
Have you seen me lately?
The Turtle
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