domingo, 6 de janeiro de 2013

The importance of being idle...

"I sold my soul for the second time
'Cause the man, don't paid me
I begged my landlord for some more time
He said: "son, the bills are waiting"
My best friend called me the other night
He said: "man, are you crazy?"
My girlfriend told me to get a life
She said: "boy, you're lazy"
But I don't mind
As long as there's a bed beneath the stars that shine
I'll be fine
If you give me a minute
A man's got a limit
I can't get a life if my heart's not in it"
(OASIS - "The Importance of Being Idle")
____________________________________
Após alguns dias sem posts, vamos retomar... onde estávamos?

Pois bem, vamos falar de golfe. Comecei a jogar, após anos e anos de insistência de meu pai e meu irmão, após o carnaval de 2010. Como nunca gostei muito de esportes que não envolvessem água, achei que logo desistiria, mas o conhecimento comum deste esporte diz que 80% das pessoas que começam a jogar levam o esporte até o fim da vida.

O primeiro resultado, basicamente imediato, foi que me aproximei muito de meu irmão, que joga a muito mais tempo e estava retornando após um hiato de alguns anos. O segundo é que minha prática de scuba diving (mergulho autônomo) diminuiu - e agora se resume a mergulhar em lugares diferentes, e não tanto aqui na costa de São Paulo.

Não vou entrar em detalhes sobre os específicos do jogo... basta dizer que, no golfe, todas as características de uma pessoa são extrapoladas: se você tende a perder a paciência, vai explodir nos momentos frustrantes; se você não é uma pessoa honesta, vai roubar na conta das tacadas; e se você não consegue esquecer as coisas e costuma guardar mágoas, aquele erro no buraco 6 ainda vai te assombrar no buraco 15. O golfe traz sua personalidade à tona, muito rapidamente.

Assim sendo: além de ser um esporte saudável (caminhadas de 8-10km sempre são), que trabalha seu auto-controle e me ajuda a diagnosticar problemas latentes do ponto de vista psicológico, percebo olhando para trás que o golfe foi uma das ferramentas que me ajudaram a entender o que estava errado com o que eu fazia e o meio ambiente em que eu trabalhava. Os paralelos sobre o esporte e a empresa que estávamos criando, a situação em que eu estava vivendo e os desvios de conduta de algumas pessoas com as quais eu convivia ficaram cada vez mais claros.

O golfe continua sendo, e provavelmente permanecerá, como uma parte integrante da minha vida. É um tipo de terapia, uma forma de auto-avaliação e um desafio pessoal tanto físico quanto psicológico. E, mesmo gerando dias de extrema frustração aqui e ali, traz também algumas recompensas difíceis de explicar, mas que nos mantem no campo em busca daquele birdie ocasional.


The Turtle

Nenhum comentário:

Postar um comentário